segunda-feira, 27 de agosto de 2007

domingo, 26 de agosto de 2007

Amanhã, vou para fora...


Após ter terminado, a semana mais entusiasmante das minhas férias, em que vivi um misto de sensações, desde a emoção até uma alegria viva e verdadeira... Amanhã vou para fora! Esta próxima semana vai ser algo diferente, muito prometedora, vou fazer uma paragem neste azáfama, e voltar para mim...
Ao longo desta semana vou ter para mim, um caminho: Deus, numa dimensão de diálogo e perdão... Quero quebrar com a rotina destes dois meses passados, e caminhar em direcção ao Amor. Ao Amor daquele que me gerou, e me criou... Deus!
Boa semana para todos vós caros amigos!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Há Sempre Alguém Que Precisa De Ti...


Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.
Há pessoas tristes que precisam de alguém para as confortar.
Há pessoas tímidas que precisam de alguém para as ajudar vencer a timidez.
Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para brincar.
Há pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão.
Há pessoas fortes que precisam de alguém para as fazer pensar na melhor maneira de usarem a sua força.
Há pessoas habilidosas que precisam de alguém para ajudar a descobrir a melhor maneira de usarem a sua habilidade.
Há pessoas que julgam que não sabem fazer nada e precisam de alguém que as ajude a descobrir as muitas coisas que afinal sabem fazer.
Há pessoas apressadas que precisam de alguém para lhes mostrar tudo o que não têm tempo para ver.
Há pessoas impulsivas que precisam de alguém para as ajudar a não magoar os outros.
Há pessoas que se sentem de fora e precisam de alguém para lhes mostrar o caminho de entrada.
Há pessoas que dizem que não servem para nada e precisam de alguém para as ajudar a descobrir como são importantes.

Precisam de alguém.
Talvez de ti...

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A Verdadeira Fé...


Um Céptico perguntou a Devendranath Tagore:
- Falas muitas vezes de Deus, mas tens provas da sua existência?
Devendranath apontou para uma luz:
- Sabes o que é isto?
- É uma luz- respondeu o céptico.
- Como sabes que é uma luz? - perguntou Devendranath.
- Eu vejo-a , portanto, não há necessidade de prova.
- Então o mesmo se dá com a existência de Deus. Eu vejo-o em mim, e fora de mim, eu vejo-o dentro e através de cada coisa. Portanto, não há necessidade de prova.
E continuou:
- Enquanto a abelha se encontra no exterior das pétalas do lírio e não experimentou ainda a doçura de seu sumo, ela plana em volta da flor e emite um zumbido. Mas, logo que ela penetra no seu interior; ela bebe silenciosamente o néctar. Quando alguém discutir e especular sobre uma doutrina e os dogmas religiosos, é por que ainda não experimentou o néctar da verdadeira fé. Por isso, faz silêncio e compreenderás! Quando vem o Espírito com a sua Luz, a nossa lâmpada terrena já não é necessária. Pobres são os homens que crêem que as miseráveis lâmpadas do intelecto humano dão mais luz que o doce cintilar das estrelas divinas!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Cor, alegria e música cristã em Fátima...


Arrancou esta tarde em Fátima o Multifestival GauDeo, trazendo consigo muita alegria, cor, convívio e propostas celebrativas, formativas e festivas.
O tema da edição deste é ano é "No Olhar... o Segredo da PAZ!" Os concertos de música cristã serão, mais uma vez, uma aposta forte no sentido de contribuir para que todos possam experenciar um encontro pessoal com Jesus.
O Multifestival GauDeo, encontro que mistura cor, alegria e música cristã decorre até Domingo, 12 de Agosto. O objectivo dos seus promotores é promover a criatividade, dando a conhecer diversos recursos que podem ser utilizados no anúncio do Evangelho.
.Esta pode ser uma oportunidade para conhecer o que de mais recente se tem feito em vários âmbitos da evangelização, com especial destaque para a chamada "música de mensagem" - hoje, são já vários os que tocam Hip Hop, Rap, Reggae, Rock ou mesmo Heavy Metal com mensagens cristãs.
Este festival mistura espaços onde serão apresentadas algumas técnicas e realização de materiais que poderão ser utilizados na evangelização com a formação sobre diversas áreas, nomeadamente na promoção e dignificação da vida humana. Concertos, teatro, exposições de pintura, fotografia e design gráfico dão vida ao festival, que inclui espaços de oração.
"É um espaço para reflectir sobre os talentos que Deus nos dá e para partilhar os diversos trabalhos artísticos, fruto desses talentos. É um tempo em que se promove a criatividade e se dá a conhecer diversos recursos que podem ser utilizados no Anúncio da Boa Nova", dizem os promotores da iniciativa sobre este festival de Verão.
(Notícia Ecclesia)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Férias: saber perder tempo...

Caros amigos:
O tempo de férias é um tempo que pertence de uma forma verdadeiramente especial a cada um de nós.
É um tempo em que podemos ser verdadeiramente nós. E isso vê-se pela forma como usamos o tempo.
Deixo-vos esta reflexão sobre o tempo de Frei Isidro Lamelas a quem agradeço a generosidade de a partilhar.


“Para tudo há um tempo debaixo dos céus:
Tempo para nascer e tempo para morrer,
Tempo para procurar e tempo para perder,
Tempo para guardar e tempo para deitar fora” (Ecle 3,1.6).

Em tempo de férias é sempre oportuno reflectirmos sobre o bem mais precioso da nossa vida: o tempo.
Perguntem ao estudante que reprovou, quanto vale um ano! Perguntem à mãe que teve o bebé prematuro, quanto vale um mês! Perguntem aos namorados que não se viam há muito, o valor de uma hora! Para perceber o valor de um minuto, perguntem ao passageiro que perdeu o avião! Para perceber o valor de um segundo, perguntem a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente!
Assim nos mostra a vida como é precioso cada ano, cada dia, cada hora ou fracção de tempo. Será por isso que se diz que “o tempo é dinheiro”? Ou será que o tempo, como a moeda, se vai desvalorizando na nossa vida cronometrada do dia-a-dia? E, no entanto, Deus dá-nos todo o tempo do mundo de graça. Todo o tempo deste mundo: o cronos e o káiros, o tempo medido e o tempo vivido.
Os antigos consideravam que a verdadeira ocupação do homem era o ócio e não os negócios. Os monges tentaram manter vivo este ideal do homem ciente da sua vocação: não fomos criados para trabalhar, mas para louvar o criador; estamos neste mundo não para explorar a terra, mas para cuidar do jardim da criação. Ora et labora foi a fórmula de equilíbrio encontrada pelos mestres espirituais que sempre consideraram o ócio e a contemplação tão importantes como o trabalho.
Na escola, na família e na sociedade preparam-nos para o trabalho, mas não nos preparam para o ócio nem nos ensinam a saber “perder tempo”. Não nos faltam meios e propostas para matarmos o tempo, em vez de nos ensinarem a arte de vivê-lo com sabedoria: uns matam o tempo diante do televisor, outros “ocupando os tempos livres” para que nunca estejam livres; outros em actividades radicais, para que nunca cheguem à raiz das coisas e dos problemas… Matamos o tempo para não nos cruzarmos com a morte, e fugimos à morte para não nos encontrarmos com a vida.
Passamos a vida a correr contra o tempo, a lamentarmo-nos que “não temos tempo”, quando afinal o tempo só nos foge porque nós corremos contra ele. Construímos vias rápidas e máquinas velozes para ganhar tempo, mas é o tempo que foge e passa depressa sem nos permitir contemplarmos a paisagem de cada dia e saborear as paragens que a vida nos proporciona. Tornamo-nos escravos do relógio e cada vez sabemos menos “a quantas andamos”. Na ilusão de corrermos contra o tempo estamos a correr contra nós, pois não vivendo realmente, acabamos por queimar o tempo e a vida.
Como é difícil valorizar o tempo presente que Deus nos dá, vivendo o ritmo quotidiano da vida. Os mais velhos continuam a sonhar com o passado sempre “muito melhor” (no meu tempo é que era bom!), enquanto os mais jovens vivem obcecados com o futuro. Vamos assim contando os dias e os anos sem vivermos cada momento e cada dia: uns sempre atrasados ou desactualizados, outros tão avançados que parecem viver noutro planeta e fuso horário.
Necessitamos de reaprender a arte do ócio, de dar tempo a nós mesmos, à família, aos amigos. Precisamos de perder tempo com coisas “inúteis”: pararmos a admirar o mistério do amanhecer, saborear a brisa da madrugada que nos fala de Deus, escutar a polifonia dos pássaros que cantam sem contrato, ouvir o silêncio das criaturas e decifrar as mensagens das estrelas…
O tempo de férias constitui uma ocasião propícia para acertarmos a vida pelo relógio do sol e pelo ritmo das criaturas. É o tempo em que podemos tapar os ouvidos ao bater das horas, para escutarmos mais as batidas do coração. Longe de ser um tempo para “passar” ou mal gasto, as férias deveriam ser o tempo bem empregue: onde conseguimos arranjar agenda para nós e para os outros; onde redescobrirmos que o dinheiro não é tudo, que as melhores coisas da vida não se compram, pois são grátis, são graça. Longe de ser um tempo de evasão, as férias deveriam ser tempo de encontro, de reflexão, de avaliação; deveriam ser uma ocasião para passarmos do tempo de fazer (ter que fazer), para o tempo de viver, o tempo de experiência da autenticidade e da criatividade; Uma oportunidade para transitarmos das evasivas utopias da máquina do tempo para voltarmos a “ter tempo” e a vivê-lo com magia e fantasia infantil.
Quem dera que pelo menos as nossas férias fossem um tempo da experiência compartilhada com o outro, tempo favorável ao encontro, tempo cheio de significados. Como tão bem observou Marcel Proust: “Uma hora não é uma hora, é um vaso cheio de perfumes, sons, projectos e climas”. Uma vida não é vida se não for assim: cheia de perfumes, sons, projectos e climas. Pois, afinal, a vida não é o tempo e os anos que vamos contando, mas uma história de tempos, lugares e encontros cheios de tudo isso.
Dizia a raposa ao Princepezinho, “foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante”. Porque esta continua a ser uma verdade esquecida entre os humanos, é importante que haja quem saiba e ensine a “perder tempo” com o mais importante. E o mais importante continua a ser “criar laços” e “deixar-se cativar”.